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Reflexão Semanal

Page history last edited by Mara Tavares 13 years, 10 months ago

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SEMANA X - 14/06 e 17/06

Reflexão Final

"O homem é um  ser  de  palavras.  E ao inverso: toda filosofia que se serve de palavras está condenada à servidão da história, porque as palavras, tal como os homens,  nascem e  morrem.  Assim,  num extremo, a realidade que as palavras  não   podem   expressar; no outro, a realidade do homem que só pode se expressar com palavras." (Otávio Paz. O Arco e a Lira)


Às vezes, as palavras não são suficientes para descrever um fenômeno, contudo, sem elas a compreensão do mesmo seria impossível. As mídias acessoram o trabalho do professor no sentido em que facilitam essa descrição, pois através de imagens, sons, movimentos e simulações, unem elementos tangíveis para a descrição e compreensão dos fenômenos, aproximando-os por analogia à realidade da vida cotidiana.

A maioria dos alunos tem contato com a tecnologia usada, hoje, na sociedade. E, ao encontro daquele aluno, que por sua situação sócio-econômica, está privado desse contato com as mídias no ambiente familiar, que a escola precisa ter um planejamento voltado com finalidades educativas, bem definidas, ao trabalhar com as mídias. Não pode, simplesmente oferecer, ou expor, sem restrições, o aluno a elas, pois isso não é garantia de aprendizagem. Na escola, a informática será usada com objetivos educativos, a fim de construir aprendizagens dentro dos conteúdos elencados pela unidade escolar. Conhecimentos que lhe permitirão o desenvolvimento da cidadania, inserção na sociedade e no mundo do trabalho. Ter contato, ou apenas saber que existe, não é requisito para o desenvolvimento da heurística nem para o desenvolvimento de habilidades e competências para resolver problemas cognitivos, afetivos e sociais.

Acredito na intencionalidade das ações que se realiza no ato de educar. Expor os alunos a um ambiente informatizado sem essa intencionalidade, sem conhecimento, sem planejamento e objetivos; sem saber o que fazer, equivale a trancá-los sozinhos na sala de aula e virar-lhes as costas, sem dizer nada.

Equivale ao abandono da posição de condutor do processo e da crença de que há necessidade de professores constantemente em formação para o exercício da profissão.

Para que haja a popularização de um instrumento, no caso o computador, e sua integração ao currículo escolar é necessário, além da necessidade social do seu uso, fato que é realidade, a apropriação, por parte de todos desse instrumento. Na escola, a primeira apropriação é a das idéias, depois a do instrumento, portanto, primeiro precisa modificar o paradigma, para apropriar-se do conjunto. A BIC, foi uma revolução, entretanto, não mudou a história da Educação porque foi adotada, apenas, como instrumento sem afetar o conjunto de idéias reinantes no meio, não quebrou os paradigmas escolares.

Então, temos que ser usuário de tecnologia não é pré-requisito para o professor utilizar diferentes tipos de mídias em suas aulas. O requisito está na proposta pedagógica do professor e em seu paradigma; na coerência entre o que quer atingir com seus alunos, conteúdos e recursos, que escolhe para isso. Pois, o computador tanto serve para substituir o caderno e o lápis em uma cópia no word, como para construir um texto cooperativo, onde cada aluno pesquise sobre um assunto e contribua com um parágrafo, de sua autoria, mantendo a coesão e a coerência do texto escrito a muitas mãos.

Todo e qualquer espaço de trabalho, possui uma proposta para o desenvolvimento deste e para cumprir os objetivos que o tipo de negócio propõe. A Escola não é diferente, sua proposta é ensinar; o objetivo, aprender, portanto, a intenção do professor é fazer com que esse processo ocorra através do planejamento, metodologia e avaliação. Adotar uma proposta em que não se acredita, porque aqui ou ali dá certo, não é garantia de resultados. Propostas pedagógicas não dão segurança ao educador que não as domina, conduzindo suas aulas a um fracasso certo. Para haver uma proposta pedagógica que embase um planejamento, precisa haver conhecimento e crença ideológica na proposta adotada, caso contrário as mídias serão usadas para uma aula desprovida de significado.

Para escolher um jogo pedagógico adequado à construção de conceitos relativos à multiplicação ou para a construção de um blog educacional, com postagens que trabalhem o escritor para o leitor, ações que realizo, por exemplo, precisa haver preparo, intenção e conhecimento, ingredientes que garantam o sucesso da ação.

Já presenciei testemunhos de professores que contam que seus alunos jogam GTA; entram indiscriminadamente no Orkut, postam scraps ofensivos; publicam "textos" fazendo alusões a sexo, drogas e armamento, com muitos erros ortográficos e gramaticais em blogs e fóruns; apenas para citar alguns exemplos. De longe, uma proposta educativa, de um profissional preparado!

Quando o professor acredita que os alunos já sabem tudo sobre computadores e que não precisam saber nada para ensiná-los a usar a máquina, se equivoca, pois o objetivo não é ensinar a usar a máquina, e sim, usar a máquina para ensinar conteúdos, para construir novos conhecimentos e desenvolver novas competências e habilidades necessárias à aprendizagem. Assumindo essa crença, os papéis poderiam ser invertidos, e os alunos precisariam de formação adequada para nos dar aulas. Todo o recurso que eu utilizar com meus alunos me obriga a dominá-los préviamente. Assim, conhecimentos sobre como a criança aprende e domínio dos instrumentos tecnológicos são elementos que dão corpo a uma proposta pedagógica, funcional, a fim de alcançar objetivos de aprendizagem com o uso das TICs. 

Conhecimento, não é intimidade. Nem sempre a intimidade com a tecnologia - celulares e joy stiks, por exemplo - amplia a percepção ou o conhecimento, muito menos aprendizagens. O que as amplia é a intencionalidade do professor ao usá-las, desde cedo, potencializando o desenvolvimento da habilidade de aprender, direcionando-as para a construção das competências cognitivas, afetivas e relacionais.

Infelizmente o paradigma da escola ainda sustenta, de um modo geral, o objetivo "social" de "transmitir" para as novas gerações os conhecimentos construídos pela humanidade. Sabemos que não pode ser assim. A humanidade está sempre construindo mais e mais conhecimentos para seu próprio uso e consumo, a escola como representante do conhecimento básico, dessa sociedade, precisa ensinar seus alunos a aprenderem a construir conhecimentos também, a buscarem parcerias para seus projetos e, por meio de experimentos, reconstruir conceitos, e novos conhecimentos para retornar à sociedade.

É essa a alfabetização que nos desafia hoje, ela requer mais do que o recurso da cartilha, do caderno e do lápis; alfabetizar para o mundo moderno, requer também o contato com diferentes tipos de portadores de informação, entre eles, o digital, que permite o desenvolvimento da acuidade visual e auditiva, da heurística e de muitas outras habilidades e competências que nosso aluno aplicará em sua vida fora da escola, na sociedade, como cidadão que participa de sua transformação.

Para cumprir com esse desafio, precisamos alfabetizar, digitalmente, nossos professores, fazendo com que percebam que sempre haverá a necessidade da intervenção humana, capacitada, para a alfabetização das primeiras letras, é simplório o pensamento de que possa se abandonar essa possibilidade, de acreditar ser possível deixar de alfabetizar na Língua, na Matemática, etc. São absurdos como esse, que difundidos na escola, reforçam a resistência ao uso da tecnologia no meio escolar. Até um adulto, que imigre para um país, que fale outro idioma, necessita ser alfabetizado na nova língua para poder se comunicar. Não é diferente no mundo digital, onde nós adultos, principalmente, somos imigrantes e desconhecemos o idioma, portanto, precisamos ser alfabetizados, digitalmente, para entender a nova linguagem. Assim é, também com os nativos de um lugar, até eles precisam ser alfabetizados no seu idioma, as crianças, consideradas nativas digitais, igualmente, precisam aprender como usar sua própria língua.

O uso das tecnologias, a nível de sociedade, não é modismo, ela não será abandonada, pelo contrário, evolui e evoluirá com a própria evolução da humanidade. Toda a tecnologia desenvolvida até hoje, por ela, foi incorporada a sua rotina, nenhuma foi moda e, de forma alguma passageira. Todas contribuíram para nossa evolução como humanidade, foi assim com o lápis, com a calculadora, com o PC.

É claro, Da Vinci passou fome e foi ridicularizado, Galileu, julgado e Tomas Édson, foi considerado um desajustado no seu tempo, só para citar alguns.  Sempre há resistência, porque a novidade desacomoda, muda a rotina que conhecemos e nos provoca a desenvolvermos habilidades novas para usarmos e lidarmos com elas, como se diz por aí, "precisamos domá-las".

Embora acredite na utopia, vejo longe alguma mudança de paradigma dentro da escola. As últimas mudanças significativas, nesse sentido, ocorreram com a invenção de Guttemberg, permitindo que a educação saísse dos conventos e se "democratizasse" por meio dos livros e, durante a revolução industrial, quando foi incorporado um novo formato, o de chão de fábrica, cujo paradigma muito mais forte, permitiu que a educação se tornasse mais "acertiva e padronizada" atingindo mais gente, conforme os modelos tailoristas e fordianos, presentes até hoje.

Venho constatando que a tecnologia rompe com esses modelos, pois não permite um trabalho linear e sequencial, nele a aprendizagem é construída de forma holística, integrada e em rede, por essa razão e pelo analfabetismo digital de muitos professores, é que acho difícil e lenta a mudança da escola. Mas, ela virá!

O uso das tecnologias da Informação promove transformações na convivência, no tempo, no espaço e na relação com a construção do próprio conhecimento.

Essas mudanças acontecem, porque o aluno se associa a outro aluno para juntos resolverem problemas oferecidos por atividades que envolvam o uso de máquinas, por si só desafiantes, para poderem desenvolver a atividade proposta pelo professor, no caso, criação de um blog, proposta para a turma 43, com postagens envolvendo a própria construção da língua formal, com a atividade caderno virtual, por exemplo. Outra característica, é que com as máquinas, não há constrangimentos, pois certo ou errado fazem parte do processo de ação/reflexão/depuração/ação, fazendo o aluno encarar o que não deu tão certo, também como aprendizagem, como parte do processo de construção do conhecimento em que esteve envolvido para concretizar um objeto que represente a síntese do que aprendeu, como na construção dos PAs, proposta desenvolvida para a turma 42. Enquanto temos o poder de aprender, temos o poder de mudar e, mudando, transformar o mundo ao nosso redor.

Tem coisa melhor do que aprendermos a fazer algo, fazendo? Alguém já aprendeu a mexer no PBWorks só lendo os tutoriais e saiu fazendo tudo, acertadamente? Não é assim que funciona. A instrução de como algo funciona, por si só, não garante aprendizagem, precisa haver experimentação, troca, intervenção e constatação para que ela aconteça.

Não posso construir autores apenas permitindo que meus alunos leiam outros autores, essa prática precisa ser associada com a experiência de escrever para leitores. Para transmitir suas idéias, de forma que outros entendam, e que não seja a reprodução do que o outro disse, o aluno precisa desenvolver várias habilidades e competências na língua, precisa ele mesmo, compreender o que quer dizer, buscar informações, ler e interpretar dados convertendo-os em novas informações e publicá-las de maneira coerente e ética. Processo muito lento e inviável sem as novas tecnologias (computadores e Internet). Todavia, a autoria precisa ser construída com todos os instrumentos e técnicas possíveis para isso, pois ela é o resultado do conjunto de ações adotadas com essa finalidade. Compreende muita leitura, contato com os autores e estilos literários, muita escrita, formação ética e pesquisa. Seja no meio que for, no momento, a experiência com essas duas quartas séries, acontece no LABIN, mas ela também poderia acontecer em sala de aula, orientada por seu próprio professor, no andamento de sua rotina, caso estivesse equipada com computadores.

Na informática, as coisas não correm soltas, como acreditam alguns. Existem vários momentos que requerem do professor, domínio e firmeza de propósitos, bem explicitados em um planejamento coerente e profundamente intencional. Há a parte instrucional, exploratória e a construcionista, o processo ocorre em etapas individuais e reflexivas, em etapas de trocas e colaborativas. Se o professor acreditar que os alunos aprendem "sozinhos", no sentido de abandonados a si mesmos, sem o mínimo de interferência, precisa rever seus conceitos. Mesmo não correndo solto, esse processo desenvolve a autonomia e isso permite que o aluno altere sua conduta diante da aprendizagem e se antecipe às tarefas propostas, ou seja, aprende a trabalhar "sozinho", não no sentido de isolado, mas no sentido de representar um dos nós, que juntos, amarram a grande rede do conhecimento.


Referências Bibliográficas


 

Mídias da semana X


SEMANA IX - de 07/06 a 12/06

Essa semana foi de ajustes em relação aos trabalhos desenvolvidos pelas turmas 41, 42 e 43, com vistas à conclusão do estágio docente, embora os projetos com essas turmas sigam em frente após sua conclusão.

Com as turmas 41 e 42, foram criadas páginas de depósito, para que possam fazer uso das habilidades de copiar e colar, acrescentando endereço eletrônico e data da pesquisa, ação que será retomada aos poucos com a leitura e reescrita do conteúdo nas páginas pessoais e dos grupos.

Com a turma 41, semana passada, a professora Maria do Carmo, em auxílio ao Projeto Pesquisa Escolar, desenvolveu com a turma um trabalho preparatório, com os objetivos de desenvolver pesquisa, autoria e memorização. Os alunos pesquisaram poemas de suas preferências, memorizaram e declamaram para a câmera em sala de aula. Esses poemas, foram copiados conferindo a autoria e posteriormente serão reproduzidos nas páginas dos alunos.

Com a turma 42, foi um momento de ajuste de interesses e alguns grupos decidiram mudar os assuntos de seus P.As. Nem todos decidiram os novos rumos, estou aguardando para reorganizar a página principal da turma.

Quanto à turma 43, os tutoriais adiantaram bastante para alguns alunos e para o entendimento e evolução da tarefa, porém não é a única maneira e nem todos os alunos conseguem ler e interpretar satisfatoriamente. Portanto, preparei uma enquete, que começaram a responder na sexta-feira, sobre qual a melhor maneira de entender o que é orientado e aprender os passos necessários para a realização da tarefa Dicionário Virtual. A enquete está na página do Caderno Virtual e pode ser encontrada também, nesse espaço de trabalho, na página Diário de Campo.

Esses ajustes e mudanças na metodologia com as três turmas são fruto da auto-avaliação e são justificadas pela observação das necessidades apresentadas por elas, apoiadas pelas leituras que venho fazendo ao longo do curso e, em especial, durante o período do estágio, me permitindo uma maior flexibilidade para atender pontos críticos, específicos, que vão surgindo no decorrer dos projetos, sem perder de vista seus principais objetivos e a fim de atender as minhas necessidades, também, de disciplina, intencionalidade e desenvolvimento de habilidades e competências que quero que os alunos construam.

Essa ação, dentro do currículo escolar, chama-se planejar. Padilha (2001, p. 30), nos diz que:

 

"Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações".
Portanto, planejar não significa engessar o currículo com ações préviamente estipuladas, como muitos pensam, e usam esse pensamento para justificar a falta de um plano de aula ou de um projeto. O planejar/projetar, anda pari passu com as ações realizadas, antes pensadas no planejamento/projeto, permitindo que a cada ação, haja reflexão e possível mudança no planejamento, a fim de reorientar novas ações; ou seja, ação/reflexão/depuração/ação, descrito como etapas do processo de aprendizagem, que o próprio aluno constrói ao desenvolver atividades de aprendizagem mediadas pelo computador, conforme lê-se em Papert (1994).

- PADILHA, R. P.Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

- PAPERT, Seymour. A Máquina das Crianças - Repensando a Escola na Era da Informática. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 210p.

 

Mídias da semana IX


SEMANA VIII - de 31/05 a 02/06


Semana curta, mas intensa e proveitosa em relação às construções dos alunos e minhas. Diante das dificuldades apresentadas por alguns alunos da turma 43, com relação ao processo de entrada e acesso às tarefas para postagem, fiz um mini-tutorial com os passos que sempre devem ser realizados, entre o log in e a postagem no blog. Quinze alunos testaram o recurso, embora não tenham postado, pois um período demonstrou ser pouco tempo para interpretar o tutorial e por em prática as ações indicadas, conseguiram se envolver no processo inicial, etapa em que haviam demonstrado maior dificuldade.

Entre esses quinze alunos, encontram-se alunos com dificuldades cognitivas, cujo processo de alfabetização e letramento é lento e ainda está em construção, cujas posturas são de não envolvimento com a atividade desenvolvida no LABIN.

A vergonha em ser auxiliado por um colega mais experiente, ou dizer para as professoras que não entendiam como executar as ações iniciais, constituiu-se em um impedimento para sua entrada, impedimento superado através do tutorial e do trabalho individual com a máquina. 

Dois alunos, em particular, reagiram positivamente à mudança metodológica para entrada e execução das ações. Um aluno demonstrava uma atitude passiva e de afastamento da atividade, negando-a (conduta Alfa); o outro, reação de revolta, puxando brigas e discussões com os colegas, a fim de tumultuar todo o ambiente e impedir que os demais trabalhassem (conduta Alfa+ comportamento de heteronomia). Durante a atividade, foram desafiados a se superarem sozinhos, sem o auxílio do outro, e a provarem que eram capazes de realizar a mesma atividade que os demais estavam realizando em cooperação no grupo. Após a atividade, que ambos desenvolveram sem incidentes, para minha surpresa, demonstraram aumento da alta-estima e necessidade de socializar seus resultados com os colegas.

A mudança aconteceu porque na interação homem/máquina não há constrangimento perante o "erro", pois  errar faz parte do processo de ação/reflexão/depuração/ação que os alunos realizaram durante a construção do conhecimento (PAPERT, 1994) que envolvia a entrada e o acesso à atividade , ou seja, só aconteceu a aprendizagem porque esses alunos se descobriram sujeitos e aprenderam construindo sozinhos, através da tentativa, do acerto e do erro, sem a apreciação negativa, por parte de um colega ou do professor, fazendo com que organizassem, acomodassem, assimilassem e equilibrassem esse novo conhecimento mudando sua conduta (PIAGET, 1976).

No geral, com as outras turmas houve algumas alterações no planejamento. Acabei usando o TuxPaint apenas com uma turma, na segunda-feira, com direcionamento livre. Com as turmas sem projeto foram realizadas atividades com caça-palavras no site Brincando se Aprende.


- PAPERT, Seymour. A Máquina das Crianças - Repensando a Escola na Era da Informática. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 210p.

- PIAGET, Jean.  A Equilibração das Estruturas Cognitivas. Problema central do desenvolvimento. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.


 

Mídias da semana VIII


SEMANA VII - de 24 a 28/05


A semana começou com algumas dificuldades, caiu o sinal da Internet na segunda-feira e ficou intermitente por toda a semana. Na terça-feira não dei aula, pois tive uma emergência em casa, com a filha pequena. Entretanto, são esses imprevistos que nos permitem por em prática nossa criatividade e versatilidade.

Na segunda, mesmo, utilizei uma aula com tuxpaint para substituir a entrada no site das HQs, as crianças ficaram decepcionadas, pois haviam criado toda uma expectativa em torno dos bonecos (avatares) que lhes representariam nas historinhas. Por conta do sinal fraco pelo resto da semana, apenas a etapa de criar os bonecos foi concluída, e muito bem curtida pelo 1º (T11, tarde) e 2º (T22, tarde) anos.

Mas, tirando a decepção, o tuxpaint foi bem curtido pelos segundos e terceiros anos, turmas 21 (M), 22 (T), 31 (M) e 32 (T).

Em relação ao 4º ano e à 4ª série que estão trabalhando com PAs, recebi algumas dicas e sugestões preciosas da Professora Luciane, em visita na sexta-feira, já comecei a por em ação o Diário de Campo, onde anotarei as interações dos alunos e curiosidades ocorridas, para poder acompanhar o processo de aprendizagem; criei para ambas as turmas as páginas para rascunho, onde irão copiar e colar suas pesquisas e posteriormente lê-las e depurar as informações para por em suas páginas.

Com a 4ª série, turma 43, também vou tomar algumas providências para que o trabalho não fique tão solto e faça com que todos os alunos andem em um ritmo mais parelho, pois alguns alunos com dificuldades se furtam do trabalho, não solicitam ajuda e assumem uma posição de afastamento da atividade, não progredindo no trabalho. Comportamento descrito por Piaget (1976) como conduta alfa, sob o ponto de vista da Equilibração é a primeira reação frente a uma perturbação, negando a própria perturbação e afastando-se dela. O objetivo é que a atividade cause um desequilíbrio e conduza o aluno a passar para a conduta beta e leve em conta a perturbação, deslocando o equilíbio e integrando o elemento perturbador para que chegue na conduta gama, onde não há mais elementos perturbadores na tarefa e o aluno pode antecipar-se a ela. 

Tirando os contra-tempos a semana foi bem positiva, pude observar no relacionamento e trocas espontâneas dos alunos, frente aos desafios, todo o processo de Equilibração. A adaptação e organização que as crianças elaboram durante suas interações para realizar uma tarefa nova, representando a zona de desenvolvimento proximal e, posteriormente, quando tentam por em prática, sozinhos, acomodando e assimilando os novos conhecimentos, resultando em desenvolvimento real e mudança de conduta. Observei também os comportamentos dos alunos que não se envolvem nas tarefas, não aceitam desafios e não ultrapassam seus próprios esquemas cognitivos, desafio que inquieta os professores de um modo geral, fazendo com que também eles se desacomodem e busquem novas ações que provoquem a mudança de comportamento dos seus alunos.


- PIAGET, Jean.  A Equilibração das Estruturas Cognitivas. Problema central do desenvolvimento. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.


Mídias da semana VII

 


SEMANA VI - de 17 a 21/05

Sexta semana!

Nesse pouco tempo, com muita insistência minha e dos alunos, os professores estão começando a renderem-se às novas Arquiteturas Pedagógicas, estão cedendo espaço e tempo para que seus alunos possam aprender e construir conhecimentos com independência do currículo formal trabalhado em sala de aula, através do desenvolvimento de projetos de aprendizagem.

Essa semana, foi a turma 43 que aportou no LABIN com uma proposta de projeto de aprendizagem, bem aos moldes dos nossos PAs. Começaram o projeto sobre a Eletricidade, com pergunta norteadora e os quadros de dúvidas e certezas.

É muito bacana ver acontecer na prática da Informática Educativa os processos de desenvolvimento intelectual investigados por Vigotisky e Piaget, como a adaptação dos alunos (organismos biológicos) ao contexto do Projeto de Aprendizagem realizado no LABIN (meio) e a organização desse ambiente, o real e o virtual, através das negociações, hipóteses e trocas, resultando em interações e aprendizagens (equilíbrio), ainda que provisórias.

Segundo Piaget, a adaptação é a base do funcionamento intelectual e do funcionamento biológico. A adaptação e a organização, embora sejam processos diferentes, são complementares e fazem parte do mecanismo de equilibração. Da mesma forma que a assimilação e a acomodação, na seqüência, situação em que a criança integra elementos novos às suas estruturas cognitivas existentes, que podem ser mais ou menos modificadas, sem contudo serem destruídas, acomodando-as de maneira contínua. Ou seja, a acomodação é toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (o meio). O que explica o desenvolvimento intelectual da criança e permite a construção de aprendizagens cada vez mais complexas.

A equilibração, portanto, é o mecanismo que auto-regula a interação eficiente da criança com o meio permitindo a conservação das novas estruturas no caso das acomodações terem sido bem sucedidas.

O que não deixa de ser muito parecido com as observações que Vigotisky realizou antes de Piaget, sobre as modificações na estrutura intelectual da criança. Ele denominou de zona de desenvolvimento real, o que a criança consegue fazer de forma independente, ou seja, os esquemas que já assimilou e acomodou, o que vem a ser o resultado do processo de equilibração descrito por Piaget. E, de zona de desenvolvimento proximal, aquilo que a criança consegue fazer com a ajuda de outros mais experientes, porque ainda não completou seu processo de equilibração, está se adaptando para organizar as informações, assimilá-las e acomodá-las em algum espaço de tempo, que dependendo do estágio cognitivo em que se encontra e da qualidade das interações que realiza, pode ser rápida ou levar mais tempo.

Em si, o mesmo processo observado nas atitudes dos alunos nas aulas do LABIN e, de certa forma, o mesmo processo que alguns colegas professores estão enfrentado ao serem "desacomodados" de sua prática, por mim e por seus alunos, pois se já direcionaram suas ações para a realização de projetos na Informática é porque ao interagirem conosco, estão se adaptando à nova situação, organizando as informações, assimilando essa nova arquitetura e, por fim acomodando esse conhecimento para dar origem a um novo fazer pedagógico.


Referências Bibliográficas 


 

Mídias da semana VI


SEMANA V - de 10 a 15/05

Semana passada, Profi Lu passou por aqui e me desafiou a explicar como a teoria Sócio-Interacionista de Vigotisky se encaixa para atuar como fio conector das teorias da Flexibilidade Cognitiva, do Acoplamento Estrutural e Construtivista que observo em minha prática no LABIN. Mesmo quando os alunos escolhem sentar sozinhos, ou quando atendo turmas de séries diferentes no mesmo tempo e espaço, como aconteceu na semana passada, eles continuam socializando, levantando do lugar, se ajudando e compartilhando com os colegas o que descobriram. Embora, acreditem que estejam trabalhando sozinhos na máquina, estão sempre se dando suporte uns aos outros.

Os estudos de Vigotisky convergem para a criação da cultura na sociedade através da interrelação entre as pessoas e das pessoas com o mundo e, a parte que nos interessa, como professores, são os seus estudos sobre o desenvolvimento intelectual da criança e como o papel das relações sociais influenciam para esse desenvolvimento, tanto é que seu pensamento tornou-se o precursor das correntes pedagógicas sócioconstrutivistas ou sócio-interacionistas, como prefiro chamar, que continuamos desenvolvendo até hoje acrescentando novas observações, descobertas e estudos. Além do citado acima, no primeiro parágrafo, Vigotisky vem ao encontro da minha justificativa com a linguagem, estudada por ele pelo seu importante papel na construção dos esquemas mentais, cada vez mais complexos, e tão valorizada pelo Acoplamento Estrutural por Maturana e Varela. Na Teoria Sócio-Interacionista aprendemos que só podemos construir uma linguagem específica do nosso meio sociocultural, interagindo no e com o meio, transformando radicalmente os rumos do nosso próprio desenvolvimento. Assim, podemos ver como a visão de Vigotisky dá importância à dimensão social da linguagem e das relações possíveis por meio dela na construção do sujeito psicológico, estritamente importante para os processos de aprendizagem.

Da mesma forma, um dos conceitos mais importantes de seus estudos é o conceito de Zona de Desenvolvimento Real e Proximal, que tem a ver com a diferença entre o que a criança consegue realizar sozinha (zona real) e aquilo que, embora não consiga realizar sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente (professora, colega mais velho ou com maior facilidade de aprendizagem, etc.). A Zona de Desenvolvimento Proximal é, portanto, tudo o que a criança pode construir cognitivamente quando lhe é dado o suporte adequado e oportunidade de agir com seus pares. Aproximando-se assim, não só da Teoria Construtivista, mas das observações realizadas por Freinet e Montessoury, e pela própria teoria da Flexibilidade Cognitiva, a qual aponta que na interação com seus pares, diante do desafio proposto pela máquina, com base em suas experiências anteriores somada as dos colegas, a criança é capaz de resolver problemas demonstrando e desenvolvendo a capacidade de aprender a aprender, ou seja o pensamento heurístico e que ultimamente, a partir dos referenciais curriculares, começamos a chamar de habilidades e competências nas áreas do pensamento humano. Não sei se consegui corresponder ao desafio.

Parece confuso, meio salada de frutas, mas é dessa forma que enxergo o papel da teoria socio-interacionista, "costurando" as outras teorias, ou como aprendi com Serres, fazendo parte de uma tecitura.


Referências Bibliográficas  


 

Mídias da semana V


SEMANA IV - de 03 a 07/05

Tudo certo, as coisas correram bem nessa semana com excessão de algumas confusões, tipo trocar períodos, dar a mais períodos para uma turma e a menos para outra e atender o 1º ano junto com a 5ª série no 4º período de quinta-feira, emergência. Algo inenarrável.

Entretanto, apesar do barulho, tudo rolou legal; sob o ponto de vista de uma aula bem planejada foi um sucesso: alunos agradecendo ao final da aula; sentimento de satisfação das professoras envolvidas; atribuo o sucesso à teoria de aprendizagem que sustenta e justifica o uso das tecnologias em meu planejamento.

Ou seja, a teoria Sócio-Interativa de Vigotisky, é ela o fio que conecta as teorias da Flexibilidade Cognitiva, do Acoplamento Estrutural e Construtivista, permitindo a aplicação da tecnologia na construção de aprendizagens através da solução de problemas na interação com os colegas desde os primeiros anos do ensino fundamental. Em aula, mesmo quando os alunos resolveram trabalhar sozinhos nos computadores, não deixaram de socializar com os colegas, pois levavam aos demais suas dificuldades e eram auxiliados por eles.

Durante a aula de quinta-feira, em que 1º ano e 5ª série trabalharam ao mesmo tempo e no mesmo espaço físico, foi vivenciado um novo tempo e espaço totalmente virtual, pois as turmas desenvolveram atividades diferenciadas sem deixar de interagir uma com a outra. Os pequenos, muito mais flexíveis que os alunos grandes, compartilharam seu espaço e algumas dicas de navegação com os grandes, em contrapartida, os maiores demonstraram para os pequenos o compromisso com a atividade que estavam desenvolvendo e a utilidade do PC como instrumento de pesquisa.

Com as turmas que estão desenvolvendo os projetos de trabalho, "Pesquisa Escolar" e "Caderno Virtual", as questões foram surgindo e dando novo direcionamento, não só ao trabalho, mas à própria conduta dos alunos que demonstraram maior envolvimento com seu processo de aprendizagem, tanto na construção das perguntas que irão direcionar as pesquisas do 4º ano, quanto nas conversas da 4ª série em relação a como criar o dicionário de internetês; uma das alternativas comentadas foi um e-mail que circula com fotos de escritas com erros de Português, em várias situações. Mostrando como é produtivo proporcionar situações investigativas variadas no cotidiano das aulas.

A 4ª série da manhã, turma 42, essa semana me fez uma proposta de também trabalhar com projeto na aula de Informática, informei para a professora Mary do desejo dos alunos que frequentam as aulas e ela ficou de escolher com eles um assunto para a construção de um projeto na SAI. Aos poucos os novos usos da tecnologia no contexto escolar vão ganhando espaço, por força mesmo do interesse dos alunos, que vão impondo ao professor o seu desejo e vontade de aprender a aprender.


Textos Consultados

- Texto de Apoio - Projeto? O que é? Como se faz?

- Arquiteturas Pedagógicas para Educação a Distância: Concepções e Suporte Telemático - Versão revisada do artigo originalmente apresentado no XVI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação e publicado nos anais do simpósio. Cf. Carvalho, M. J. S., R. A. D. Nevado, et al. Arquiteturas pedagógicas para Educação a Distância: concepções e suporte telemático. Anais - XVI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, v.1, p.362-372. 2005.


 

Mídias da semana IV


SEMANA III - de 26 a 30/04 

A semana começou tranquila, mas logo fui avisada de que teria de substituir uma colega em sala de aula na quarta-feira, o dia todo. A princípio, foi um balde de água fria nos meus planos de estágio, quanto aos horários estabelecidos e o planejamento traçado. Mas, logo fui sendo tranquilizada por todos e as soluções foram aparecendo. Na quarta pela manhã, me ocupei no primeiro período da turma 31, em sala de aula, nos três períodos seguintes, em parceria com a profª Maria do Carmo, atendi metade da turma 31 em cada período dos dois períodos antes do recreio e, de lambuja, a 41 depois do recreio e, no último, voltei para a sala de aula com a 31. Tudo correu bem. À tarde, da mesma forma, em parceria com a professora Verusca, no primeiro período atendi a turma 22  em sala de aula e os seguintes, metade da turma em cada período dos dois de antes do recreio, após o recreio atendi a turma 32 e cumpri o último período em sala de aula com a 22. Negociei com a professora Simone, a quem substituí, que na semana que vem, suas turmas não serão atendidas na segunda-feira (31 e 22), pois irei cumprir o horário de quarta-feira que não foi realizado nessa semana para atender suas turmas. Sem problemas.

Em relação às Turmas 41 e 43, estive pensando e me recordei do autor Fernando Hernández, que trata dos projetos como Projetos de Trabalho:

“Quando falamos de projetos, o fazemos pelo fato de imaginarmos que possam ser um meio de ajudar-nos a repensar e refazer a escola. Entre outros motivos, porque, por meio deles, estamos reorganizando a gestão do espaço, do tempo, da relação entre os docentes e os alunos, e, sobretudo, porque nos permite redefinir o discurso sobre o saber escolar (aquilo que regula o que se vai ensinar e como devemos fazê-lo)”.

 

Dessa maneira, justifico o projeto de trabalho com essas duas turmas com a intencionalidade de construir habilidades e competências que, além de específicas em cada caso, como o desenvolvimento de critérios e o gosto para pesquisar, turma 41; acuidade visual, atenção, interpretação, navegação na Internet compreendendo sua linguagem, turma 43; habilidades e competências,essas que possam colaborar para a construção de conhecimentos nos outros campos do saber. Conforme Maturana na teoria do Acoplamento Estrutural, desenvolvemos nossa capacidade de nos construir enquanto construímos o mundo ao nosso redor, seja através dos relacionamentos, da manipulação de objetos ou do próprio meio. Em um projeto de trabalho o aluno aprende e desenvolve as habilidades necessárias para a construção de seu trabalho no desenvolvimento do próprio trabalho, mostrando-se como uma Arquitetura Pedagógica indispensável para a formação de sujeitos que estão sempre dispostos a aprender a aprender, competência altamente valorizada no mundo atual.

A esse respeito, Miriam Celeste Martins, falando da Arte-Educação, escreve:

“Um Projeto na Escola não pode ser comparado a um simples planejamento de atividades que deverão ser cumpridas, mas a certas intenções e possibilidades, em constante avaliação e replanejamento, aproveitando acasos, caminhando opostamente por outros caminhos em tentativas investigadoras e ousadas, sem nunca perder de vista os focos centrais que fizeram nascer o projeto”. “Na palavra projeto está contida uma intencionalidade, que ainda é um vir-a-ser. Algo que, como a arte, citando (...) Pareyson (1989: 32), é ‘um tal fazer, que enquanto faz, inventa o por fazer e como fazer’”.

Então, algumas posturas e exigências foram alteradas ao lidar com as duas turmas em questão. Com a turma 41, uma delas foi a menção das perguntas para motivar a pesquisa. E, com a turma 43, o chamamento dos alunos que já haviam criado e-mails a fim de prepará-los como monitores no auxílio dos colegas que apresentaram maior dificuldade na aula anterior.

Os resultados foram altamente positivos, os alunos da 41 direcionaram com mais facilidade suas escolhas e pesquisas, como no caso do aluno Thayllor, que não havia produzido nada na aula anterior, conseguiu postar o começo da pesquisa na sua página do pbworks.

Em relação a turma 43, o resultado foi muito satisfatório em relação à postura dos 8 alunos monitores em relação aos seus colegas; mais sete e-mails foram criados, não foram criados todos porque o Google acusou, em função do único IP, que poderia ser tentativa de criação de e-mails para span e bloqueo o processo. Entretanto, os alunos monitores continuaram atuando como tal, até o final da aula ajudando os colegas a colocar nos jogos de L. Portuguesa. Sua professora, inclusive, observou a melhora no comportamento e relacionamento do aluno Cahyo, que auxiliou atenciosamente uma colega sem se envolver em brigas ou discussões, como é habitual.

Ao final da aula, o aluno Leandro e o aluno Douglas vieram me agradecer a oportunidade de trabalharem na minha aula como monitores, dizendo que se sentiam muito orgulhosos em poder ajudar os colegas por saberem um pouquinho mais. Incentivei-os a seguirem assim.


Textos Consultados

- HERNÁNDEZ, Fernando. Os projetos de trabalho e a necessidade de mudança na educação e na função da escola (p.61- 91). In: Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

- MARTINS, Mirian Celeste. Projetos em ação no ensino de arte (p.70 – 87). In: Avaliação e planejamento: a prática educativa em questão. Instrumentos metodológicos II. Espaço Pedagógico: série seminários: junho/1997.

- REAL, Luciane Corte.Transformações na convivência de adolescentes, 2007. Em https://www.ead.ufrgs.br/rooda/biblioteca/abrirArquivo.php/turmas/ 10552/materiais/13004.doc (último acesso em setembro de 2009).


Mídias da Semana III  

       


SEMANA II - de 19 a 23/04

Nessa semana as turmas estavam menos agitadas e os professores do turno da tarde estiveram mais presentes, participando mais com seus alunos.A frequência do turno da manhã em turno inverso foi menor do que a semana passada, acredito dever-se ao mal tempo.

A professora do 1º Ano solicitou para a próxima semana atividades pedagógicas voltadas mais para a alfabetização nos moldes do Projeto Alfa e Beto, no estilo das realizadas na primeira semana com o site do Discovery Kids.

Seis turmas realizaram as atividades com jogos matemáticos planejadas para elas nessa semana.

O diferencial ficou com o 4º ano, turma 41, cuja professora solicitou, no mesmo dia pela manhã, que dirigisse a aula para os assuntos que estava trabalhando em sala de aula.

Ao meio dia elaborei o plano e postei. Não houve grandes dificuldades de executá-lo já que a turma em questão estava habituada a trabalhar com a criação de páginas no PBWorks para abrigar seus projetos de aprendizagem desde o ano anterior. A dificuldade ficou por conta da professora Maria do Carmo que não atinava, de noite, entrar no PBWorks e colocar os comentários foi preciso criar, no feriado, um tutorial para ela.

Assim que ficou pronto e recebeu por e-mail, ela começou a comentar os trabalhos dos seus pupilos. Eu também enfrentei dificuldades, pois não sabia exatamente quais eram as maravilhas modernas, na quinta-feira recebi a orientação de que as maravilhas que não existem mais, com excessão das pirâmides, são as antigas e todas que continuam em pé, são as modernas.

Essa atividade continuará em desenvolvimento até sua conclusão.

Outra turma que está realizando uma atividade diferenciada é a 4ª série, turma 43, que por conta da criação do Caderno Virtual (blog), começou a criação de seus e-mails no GMAIL, tarefa difícil em função da leitura e interpretação das ordens dadas pelo site, apenas oito alunos conseguiram criar seus e-mails.

Muitos alunos se propuseram a vir em turno inverso, pela manhã, para tentar criar seus e-mails, outros disseram que tentarão fazer em casa. Mesmo com o interesse dos alunos em acelerar o processo, essa atividade talvez leve mais tempo do que o previsto.

Por outro lado, está sendo uma experiência muito rica e divertida para todos, pois mesmo com as dificuldades apresentadas nessa primeira aula, e em função delas, já surgiu a primeira proposta de trabalho para o Caderno Virtual, quando estiver pronto, como resposta aos desafios que estão aparecendo.

Os alunos querem criar um dicionário de "Internetês" onde possam mostrar a diferença das linguagens, tanto a falada no real com suas sutilezas, como gírias, expressões e até o "analfabetês" (conforme fala dos alunos) e as diferentes linguagens usadas no mundo virtual, como orkutês (scraps), twittês, bloguês, etc. Vamos ver no que essa proposta vai dar, essa semana eu e professora Verê começaremos a planejar. 


Mídias da Semana II 

 


SEMANA I - de 12 a 16/04  

A semana começou igual as outras, já que estava realizando esse horário desde 29/03, sendo assim, as turmas já estavam reconhecendo a rotina e a intencionalidade das aulas de Informática. 

O que pude observar com maior clareza é que apesar de constituir-se essa rotina, todo o início de ano, algumas turmas demoram mais a adaptar-se a ela do que outras. As turmas que demonstraram maior dificuldade - entraram comendo, correndo, derrubando cadeiras, gritando, batendo nos teclados, retirando as páginas colocadas, além de gritos e queixas constantes sobre os jogos e resistência em socializar com os colegas, não sabiam horários e compareceram em menor número, no caso das turmas da manhã - foram as turmas 21 (2º ano/M), Profª Alessandra; 22 (2º ano/T) e 31 (3º ano/M), ambas da Profª Simone e 42 (4ª série/M), Profª Mary Lia.

Em relação a turma 22 da tarde, pude observar pouco interesse da professora titular, que se ausentava constantemente e não fazia questão de manifestar-se, em meu auxílio, quanto à disciplina. Constituindo-se, o comportamento da turma em um reflexo dos desinteresse da própria professora.

As demais turmas, 1º ano/T11, 3º ano/T32, 4º ano/T41 e 4ª série/T43, demonstraram prontidão, interesse, acuidade visual e auditiva, participaram com entusiasmo, socializaram com os colegas e contribuíram significativamente para o cumprimento dos objetivos traçados para cada aula, evidenciando construção e constatação de hipóteses, conceitos e conhecimentos durante o desenvolvimento da aula, constituindo-se em um processo auto-avaliativo; e, cumprindo os meus objetivos.

Como coloquei no meu Portifólio a respeito da rotina

"Meu primeiro dia de estágio não foi diferente dos demais dias de aula, nisso constituiu-se uma rotina segura, entretanto, foi diferente, pois meus alunos não esperavam o conjunto de ações que apresentei. Acompanharam cada etapa e atividade com a ansiedade e atenção que a novidade exige, mas sabiam esperar de mim, como sempre, a intenção, o motivo de cada etapa." 


Mídias da Semana I

 


3.4 REFLEXÃO SEMANAL:

Que se desdobra em duas partes inter-relacionadas:

a) Análise sobre o trabalho desenvolvido na semana anterior, destacando acontecimentos (falas, atividades, produções, concepções, intervenções entre outras) que merecem reflexão.

Os relatos podem/devem ser documentados, cabendo à/ao estagiária/o incluir elementos como fotos das atividades realizadas, materiais utilizados, produções dos alunos e outros elementos que julgar relevantes. Estes elementos devem ser postados no pbwiki do/a estagiário/a também.

b) Análise mais específica relativamente aos objetivos pessoais de aprendizagem do/a estagiário/a e novos questionamentos.

Comments (14)

Mara Tavares said

at 10:43 pm on Apr 14, 2010

Ai... perdi todas as mídias gravadas hoje! fotos, vídeo, tudo... não deu nem para recuperar, tudo subscrito... vou fazer a última tentativa!!!
Os deuses que me ajudem, porque já usei todos os recursos e truques que eu conhecia!!! snif...snif...snif...

lucreal@... said

at 2:39 pm on Apr 19, 2010

OI o negócio passa e eu naõ consigo ler o que faço?????? Profa Luciane

Mara Tavares said

at 2:46 pm on Apr 19, 2010

hehehehe... só diz: Relatório, reflexão e outrras coisinhas...

lucreal@... said

at 9:11 pm on Apr 21, 2010

Oi, a reflexão da primeira semana ok. Na segunda semana podes escolher um ponto (uma turma, um aluno, uma situação) e aprofundar um pouco mais.
Abraço profa. Luciane.

lucreal@... said

at 7:40 pm on May 9, 2010

Oi Mara!
tuas reflexões das semanas 3 e 4 estão muito boas, trazes as evidências e articula com algum ponto da teoria. Só acho importante explicares melhor quando citas Vigodsky "teoria Sócio-Interativa de Vigotisky, é ela o fio que conecta as teorias da Flexibilidade Cognitiva, do Acoplamento Estrutural e Construtivista, permitindo a aplicação da tecnologia na construção de aprendizagens através da solução de problemas na interação com os colegas desde os primeiros anos do ensino fundamental", pois falas que ela conecta as teorias...., como ela conecta? Consigo ver bem claro Piaget e Maturana no teu trabalho, como Vigodsky entra? Poderias explicar melhor... Abraço profa. Luciane.

Mara Tavares said

at 8:09 pm on May 9, 2010

Oi, profi.
Vigotisky entra na história em função das Zonas, que agora não lembro o nome tenho que ir olhar, o que a criança é capaz de fazer com ajuda de outros, em um primeiro momento, e o que ela passa a conseguir construir sozinha, logo a seguir. Nesse sentido, a Teoria Sócio-Interativa serve como nó para os fios das outras teorias, tecendo uma rede que explica o funcionamento das relações e sua importância nas construções dentro do LABIN.
Semana que vem, explico isso melhor, então.
Bjs, Mara.

Mara Tavares said

at 7:41 pm on May 16, 2010

Puxa, Profi, nem me dá tempo de postar e fazer surpresa? Já vem espiar de mansinho!
Viu pq não consegui tempo livre para preparar o artigo para o salão? Não tenho tempo nem de me coçar!
E, para arrematar, começou a extensão de Mídias e o treinamento para trabalhar no acampamento de verão do PBWorks.
Bjs, Mara.

lucreal@... said

at 9:06 pm on May 16, 2010

Oi Mara!!! Dei uma lida no teu texto... vou dar uma pensada sobre ele... acho que articulas bem com a zona de desenvolvimento proximal e real... é interessante (no futuro, pq sei que estás numa correria agora) pensar a zona de desenvolvimento proximal do Vigodsky articulando com a teoria de "Equilibração" do Piaget. Abraço profa. Luciane.

cristiane.pead said

at 12:28 am on Jun 16, 2010

Oi, Mara!
Sobre as reflexões referentes às 8ª e 9ª semanas:
Na 8ª, suas experiências estão bem descritas e relacionadas com a teoria. Faltou apenas citar na referência Piaget.
Na 9ª, faltou discutir a prática através do referencial teórico.
Abraços, Cristiane Todeschini, Tutora.

Mara Tavares said

at 10:07 pm on Jun 16, 2010

Deu, resolvido! hehehe...
Tudo bem! E, tu? Jóia?
Gostei da indicação pontual. Resolvido!
Acrescentei o que era necessário nas duas semanas. Foi mal!
A 9ª, foi desleixo mesmo, funcionei toda a semana e no sábado, quando voltei da festa junina, bateu aquela preguicinha. Deixei tudo para domingo e a coisa foi mecânica, sem reflexão nem articulação.
Mas, retomei e acho que fechou.
O Seminário foi muito bom, valeu! Fiz algumas filmagens, depois disponibilizo nas mídias da semana X.
Obrigada, Bjs no coração.

lucreal@... said

at 6:07 pm on Jun 23, 2010

OI Mara!!! (comentário 8a e 9a semana):
Li a tuas reflexões após comentário da Cristiane... Ficaram muito boas.... Trazes descrição, evidências e articula com os autores... e já foi ela pesquisar as condutas alfa, beta e gama, he he he... isto que é aluna!!!!! Á partir destas 2 reflexões que descreves bem o trabalho com as turmas 40, consigo visualizar teu TCC (afunilamento he he he) Acho que entendeste o que coloquei.... Bjão profa. Luciane.

Mara Tavares said

at 2:01 pm on Jun 27, 2010

Tenho ótimas Mestras!!!!
Hehehehe, presto atenção e uso 4% do meu cérebro, se é isso mesmo que a gente costuma usar! Só isso!!!
Que bom, que estou conseguindo afunilar, era a minha maior preocupação.
Acho que os tios vão me ajudar, vão ser mesmo: Vigotyski, Piaget, Maturana e Varela, Spiro e o Paper, fiquei neles, algum na periferia, como o Padilha e, talvez, o Hernandes. Ainda estou fazendo as costuras.
Bjs, bom domingo, Mara.

cristiane.pead said

at 4:29 pm on Jul 1, 2010

Oi, Mara!
Parabéns pela excelente reflexão da 10ª Semana!
Grande abraço, Cristiane Todeschini, tutora.

Mara Tavares said

at 8:08 pm on Jul 1, 2010

Oi, Tutora Cris. Tudo bom?
Acredito, que essa tenha sido a minha síntese extra-acadêmica. E, olha, ainda faltou muita coisa, que penso.
Estou colocando na estufa a idéia do livro! hehehehe
Bjs no crção. Mara.

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